terça-feira, 16 de junho de 2009

Baixa e Chiado

No meu primeiro dia em Lisboa, fui correndo para o Centro Histórico. Antes mesmo de o hotel liberar nosso quarto, eu estava lá, vagando pelas ruas largas de pedra portuguesa. Amanhecendo junto à cidade, na sua porção antiga.

De manhã, não vi turistas, só pessoas que seguem para o trabalho ou idosos agasalhados lendo as notícias nos bancos de madeira do caminho. A cidade acorda. O elevador de Santa Justa está quieto, assim como tudo ao redor. Os restaurantes estão fechados, mas há cafés com pães frescos e quentes à espera.









Mas quando eu terminei o meu passeio do dia, depois de ter visto outras áreas, eu voltei. Visitei de novo as esquinas, as janelas, as luminárias, quando a cidade anoitecia.

Pela noite, há mesas nas ruas calçadas de pedras lisas e brilhantes. Onde mais cedo o senhor lia seu jornal, há jovens conversando, rindo alto. Há grande movimento de turistas e portugueses. As lojas estão abertas, assim como os restaurantes, agora com seus cardápios à disposição. Mas se a vontade é de comer um pãozinho quente acompanhado de um café fresquinho, só isso mesmo...também tem.





Os casarões são de estilo neoclássico e compoem um dos primeiros projetos de urbanismo da Europa, idealizado pelo Marquês de Pombal, após o terremoto de 1755. Não há estações de metrô em meio às ruas, apenas ao redor da região. Mas não há problema, aceite o convite, caminhe, aprecie, admire. As ruas possuem disposição quadriculada, é fácil se orientar.

Não importa a hora do dia: os casarões e os longos caminhos entre eles tem a mesma magia. Ali, a cidade convida a não ter hora, a não ter pressa. Seu compromisso é passear em meio à história presente em cada construção, em cada pedra do calçamento. Leve o tempo que precisar, há muito para ver e mais ainda para sentir. Naquele cantinho da velha Lisboa, todo o tempo que durar sua visita vai ser pouco, perto do período que ela está ali, aguardando por você.

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