quarta-feira, 26 de maio de 2010

Notre Dame de Paris

Foto retirada do tripadvisor.com

Chegar em Notre Dame, pela primeira vez, é sempre uma experiência única. A fachada imponente te informa que aquele não é um monumento comum, mas um dos prédios históricos mais importantes da Europa.

Mais do que uma igreja, Notre Dame é um marco. Um marco para o crescimento da Paris medieval, ao seu redor. Um marco de resistência a inúmeros conflitos, desde a antiguidade, até o século passado com as Grandes Guerras. Um marco da religiosidade do povo europeu e da força de sua fé.

A Igreja é um enorme santuário. Quando passamos da porta de entrada, o burburinho da rua lá fora desaparece. Há calma e tranqüilidade. Mesmo com todos os turistas curiosos andando para lá e para cá, o ritmo é lento, há algo diferente no ar.

Seguindo em frente, encontramos o altar. Majestoso, imponente. Não há como não se sentir uma criança e desejar entrar numa máquina do tempo para ver quantos acontecimentos importantes já ocorreram ali, naquela nave. É fabuloso.

Há inúmeras imagens em toda a lateral, cada uma com seu espaço próprio de adoração. Há espaço para tudo: velas, orações e corações.

A luz é tênue, filtrada pelos enormes vitrais localizados na parte mais alta das paredes laterais. Todo esse conjunto garante um espetáculo único, rico.

Minha experiência é peculiar. Para mim, Notre Dame é viva. Ela conta histórias, ela guarda fatos, ela tem personalidade, lembranças. Estar dentro daquela construção foi como entrar em um portal, ter contato direto com séculos de acontecimentos e de celebração de fé. Estar ali é ser parte de algo maior, especial.

A receita é simples: depois dos primeiros passos, acostume os ouvidos, diminua o passo, baixe a voz e pode deixar o coração bater mais forte. Você estará em outra dimensão, na dimensão da Notre Dame de Paris.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Passear na London Eye


Para ver o Big Ben marcando as horas, sem levantar a cabeça.
Para entender o formato da Westminster Abbey.
Para contar as pontes que cortam o rio.
Para acompanhar o movimento da cidade sem ouvir nenhum barulho.
Para sentir-se voando sobre o Tamisa.

Você só consegue dando uma voltinha na London Eye.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Crônicas de Viagem - Paris


Passei muitos anos acalentando o sonho de conhecer Paris. Assim, despretensioso, mais um desses sonhos que a gente guarda só para a gente e só realiza quando ele cai do céu...no colo.
Ainda quando era namorado, o marido propôs: “e se eu te levasse para passar a lua-de-mel em Paris?” Ficou a sensação de brincadeira e de como é doce sonhar.
Mas ele não estava brincando e o grande dia chegou. E naquele dia, além das roupas, dos mapas, do dinheiro e da enorme vontade de desvendar a Paris dos meus sonhos, tinha um pouquinho de medo. Pois é, medo besta de estar ali naquela cidade pequena que se faz tão grande no nosso imaginário.
Essa sensação só fazia aumentar quando reparava nas mulheres lindas com as quais eu cruzava todos os dias; nas lojas caras que eu encontrava pelo meu caminho de turista e na língua que eu estudei por tanto tempo, mas que custava a sair como nas aulas nos fins de tarde.
Me diverti, gostei muito, mas meu quebra-cabeça ficou sem uma peça. Eu sentia isso.
Um ano depois eu estava de volta. À mesma cidade, na mesma estação do ano, com o mesmo companheiro de viagem. Mas a minha bagagem era bem diferente: meu estado de espírito mudou. Como ele faz diferença!
É preciso muito cuidado com as expectativas que criamos em relação aos lugares. Pois eles sempre vão nos receber, mas o modo como nós chegamos até eles, determinará nossa relação.
Assim: escolhi melhor minhas roupas de frio, era mais fácil me arrumar com menos peças, desde que fossem mais quentes. Um pouquinho de maquiagem antes de sair do hotel, me deixou quite com as francesas sempre tão arrumadas no metrô. A confiança no meu francês fez com que ele desentalasse e fluísse a ponto de te bater um papo surreal com um parisiense sobre o fato de como o enganei sobre a minha nacionalidade!
A partir daí, eu acabei visitando outra cidade: uma cidade cheia de convites; e eu aceitei todos eles. Passeei nas zonas residenciais, comi crepes feitos na hora, em cada esquina, apreciei o fim de tarde nos bancos dos seus jardins, provei o vinho da casa, me molhei na sua garoa na Bastille, para depois me esquentar com seu chocolate quente no café mais próximo. Terminei esse passeio fabuloso, no último dia, num banco, numa praça, numa ladeira, em Montparnasse, vendo a cidade entardecer, enquanto comia um croissant recheado com chocolate acompanhado das histórias vividas ao lado de MM.
Foi uma viagem maravilhosa que não completou meu quebra-cabeças, mas bagunçou todas as peças, para que eu sempre tenha alguma nova para encaixar.
O ponto alto de viajar por conta própria é esse: a sua viagem é você quem faz. Dessa segunda vez, eu procurei a Paris dos parisienses, a Paris comum, que me pareceu mais viva, mais autêntica e vou confessar: essa não era outra Paris, era outra Larissa.

terça-feira, 2 de março de 2010

Primeira Classe


O Ceó é um ilustrador de primeira. Eu a-do-ro o seu trabalho e já me declarei sua fã! O trabalho dele pode ser conferido no Blog Frases Ilustradas. Sucesso ao Ceó!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Rue Saint Dominique – Paris


Quando estamos em um país estranho, resolver necessidades simples, pode parecer bem mais complicado. Sem saber onde ir, podemos perder um tempo precioso da nossa estada no exterior.

Por isso, quando encontro um lugar como esse de Paris, trato de informar a todos os meus amigos viajantes, porque é uma verdadeira carta na manga.

A Rue Saint Dominique fica bem próxima da Tour Eiffel, eu a descobri por acaso enquanto andava pelos arredores. Ela não é muito extensa, mas apesar disso traz diversos estabelecimentos de muita utilidade, em um pequeno trajeto que pode ser feito em pouco tempo.

Puxando da memória, posso dizer que me lembro de ter visto lá: creperia; restaurantes e cafés; loja de brinquedos e artigos para crianças; farmácia; lavanderia; supermercado (com direito a frutas e legumes); lojas de marcas, como a da maquiagem MAC; papelaria; lojas de roupas e com certeza, mais um monte de estabelecimentos que não lembro agora.

Percebeu, né? Deu fome depois da longa fila do elevador da Tour Eiffel, ou cansou depois de subir todos aqueles degraus, e ainda precisa encontrar um presentinho para a sogra, o cunhado e a colega de trabalho? Dá uma passadinha lá. Você faz tudo numa caminhadinha básica, que pode terminar na Esplanade des Invalides.
E mais: com vista para o ponto turístico mais famoso da cidade. Tem coisa melhor?

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Viagem pelo cinema – 2


Eu vi esse filme no cinema, alguns meses antes da minha primeira viagem à Paris. Ainda faltava algum tempo para embarcar e depois de assisti-lo, minha vontade só fez aumentar.


São 18 curtas, cada um em um arrondissement diferente (distritos nos quais Paris é dividida) e com 5 minutos de duração. É possível perceber diferentes atmosferas nas diversas regiões da cidade. Lendo a respeito da obra, descobri que houve um conflito com outros dois diretores, o que impediu que ela contemplasse todos os 20 arrondissements da capital francesa.


Grandes nomes do cinema, como Gérard Depardieu, Joel Coen, Gurinder Chadha e Walter Salles dirigem alguns curtas.


O tema central é o amor, em todas as suas formas. Os filmes, em geral, são muito bons: bem dirigidos, bem representados e com a cidade ao fundo, como mais um personagem.


Serve para rir, se emocionar, se divertir, apreciar e sobretudo para se encantar com a cidade: atração principal.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Viajando por conta própria – aspectos práticos: A Chegada

Aeroporto de Barajas - Madri (Espanha)



Conversando com amigos no feriado de carnaval, repassávamos nossas últimas viagens e todos os aspectos que os deslocamentos – em especial o primeiro – envolvem.


Aqui vai mais um aspecto pessoal. Como eu não costumo voltar de viagens direto para o trabalho, não me preocupo muito com o cansaço da volta. Estou indo para casa de qualquer maneira. Se não conseguir dormir muito no avião, ou chegar muito tarde, não há problema: estou indo para minha casa, tudo se resolve :)


Mas a ida é especial e na minha opinião envolve questões que devem ser analisadas com cuidado. Primeiro, a escolha de uma boa companhia aérea. Não vou nem falar dos aspectos de segurança de vôo, primeiro porque não domino o assunto e depois porque acho que as nossas opções estão dentro dos requisitos exigidos pelas regras internacionais.


Mas não podemos esquecer que do Brasil à Europa, a viagem é longa... Poltronas mais confortáveis, boa comida e uma tripulação simpática fazem mesmo a diferença quando vamos passar cerca de 8 horas dentro daquele mesmo avião.


Mas pode ser pior: pode ser que precisemos trocar de avião. Conexões e escalas devem ser vistas com toda atenção: qual a companhia aérea seguinte; quanto tempo passaremos no aeroporto à espera do próximo vôo; se as bagagens precisam ser retiradas e despachadas novamente na mudança de vôo. Tudo isso, acredite, pode comprometer o seu humor, logo no início da jornada.


Para isso, vale também o toque de procurar companhias aéreas que operem em aeroportos mais próximos do seu destino. Em algumas cidades, podemos escolher onde vamos pousar e isso pode determinar se o início da sua viagem vai ser esvaziando o bolso ou economizando um “troquinho”.


Acertados todos os aspectos técnicos de aviões e aeroportos, chega a hora de conferir os horários. Aprendi para sempre (amém!) que as minhas viagens precisam ter horário de chegada bem definidos. É muito importante saber se o seu dia de chegada será apenas isso ou será um dia de passeio e de início da estada.


Falo isso porque vejo que muitos de meus amigos que vão viajar pela primeira vez sozinhos, cometem esse erro que eu também já cometi: achar que vamos desembarcar e iniciar a viagem. Esquecemos de aspectos importantíssimos e que podem ser pensados com antecedência para evitar aborrecimentos:


- o desembarque – aqui não tem jeito, é esperar aquela fila afoita do avião se mexer para deixar seu primeiro hotel da viagem.


- a imigração – leve tudo o que pode precisar. Alguns países pedem mais, outros pedem menos. Por via das dúvidas, tenha à mão tudo: reservas de hotéis (em todos os países onde você for pernoitar); passagem de volta; cartão de crédito válido; documento de identificação profissional, (se você tiver) e claro: seu passaporte válido (com visto, se assim for exigido), para receber aquele carimbo tão especial.


- o recolhimento das bagagens – identifique sua mala de modo diferenciado. Agilizar esse momento de espera, depois de uma viagem tão longa, é de grande ajuda para um início de férias feliz. Pode ser com uma mala verde-cana, pode ser com fitinhas do Senhor do Bonfim atadas à alça; não importa. Se você puder identificá-las de longe, é o que interessa.


- escolha do meio de transporte para o hotel – quando escolher o aeroporto, se for o caso, já verifique a possibilidade de sair de lá de metrô, de táxi ou de ônibus. Não esqueça de levar em conta nessa escolha: a distância, o valor do transporte e o tamanho das suas malas.


- check in no hotel – verifique, no momento da sua reserva, a partir de que horário seu quarto estará disponível. Dependendo da hora da sua chegada, isso pode evitar longos momentos de espera por um banho no hall do hotel.


Além de tudo isso, não esqueça nunca: pondere o clima, a língua, até a claridade no momento do desembarque (confie em mim: procurar um hotel em um bairro desconhecido à noite é muito mais complicado), todas essas variáveis podem influir na sua chegada.


Com um pouco de cuidado e atenção, podemos fazer da nossa viagem à Europa um momento inesquecível, da melhor forma possível e desde a chegada.